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  • Title: Memria e Amor
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    • É para mim motivo de grande satisfação poder falar-lhes hoje, ao passar por Stuttgart, e gostaria de fazer desta uma oportunidade para discutir vários assuntos relacionados com as duas últimas palestras que aqui me foi permitido proferir. Falei então sobre a relação do homem com o mundo espiritual, na medida em que tal conhecimento pode ser avançado por trazer à tona os processos que acontecem durante o sono sem que tenhamos consciência deles, e pela luz que a ciência espiritual lança sobre as experiências sofridas pelo homem no mundo espiritual, entre a morte e um novo nascimento.
    • Hoje, gostaria de falar sobre como a vida do homem na Terra é, em certo sentido, uma imagem inversa dessas experiências. A vida humana terrestre é compreendida apenas quando suas manifestações particulares podem ser relacionadas aos seus complementos no mundo espiritual, onde o homem passa a maior parte de sua existência.
    • Gostaria, primeiramente, de falar sobre algumas das maneiras pelas quais a alma humana se expressa durante a vida terrena, na medida em que podem ser relacionadas a experiências no mundo espiritual. A partir das minhas duas últimas palestras aqui, vocês terão percebido que as experiências da alma humana entre a morte e o renascimento diferem essencialmente daquelas entre o nascimento e a morte. Aqui na Terra as experiências de um homem são todas mediadas por seu corpo, seja o corpo físico ou o corpo etérico. Nada do que ele experimenta na Terra pode se dar sem o apoio da natureza corpórea. Poderíamos facilmente imaginar, por exemplo, que o pensar é um ato puramente espiritual e que, da maneira como sucede na alma humana terrena, não se relaciona a existência em um corpo. Em certo sentido, é assim. Mas espiritualmente independente como o pensamento humano é, ele não poderia seguir seu curso aqui na existência terrena se fosse incapaz de receber o suporte do corpo e de seus processos. Posso me valer de uma comparação que usei muitas vezes aqui em ocasiões semelhantes. Quando um homem está caminhando, o solo em que caminha certamente não é a parte essencial de sua atividade – a parte essencial está dentro de sua pele –, mas sem o apoio do solo ele não poderia obter êxito.
    • Ocorre o mesmo com o pensamento. Em essência, o pensamento certamente não é um processo cerebral, mas sem o suporte do cérebro ele não poderia ter seu curso terrestre. À luz dessa comparação, obtém-se uma concepção correta da espiritualidade, bem como das limitações físicas do pensamento humano. Em suma, meus queridos amigos, aqui na vida terrena não há nada no homem que não dependa do corpo como sustento. Carregamos nossos órgãos dentro do corpo - pulmão, coração, cérebro e assim por diante. Com saúde normal, não temos percepção consciente de nossos órgãos internos. Nós os percebemos apenas quando doentes, e ainda assim de maneira muito imperfeita. Nunca podemos afirmar que possuímos conhecimento de um órgão por lhe termos olhado diretamente, a menos que estejamos estudando anatomia – mas aí não estamos estudando um órgão vivo. Nunca podemos dizer que temos a mesma visão de um órgão interno que temos de um objeto externo. É característico da vida terrena não conhecermos o interior de nosso corpo por meio da consciência comum. Ainda menos um homem conhece do que ele geralmente considera de maior valor para sua existência corporal – o interior de sua cabeça. Pois quando ele começa a saber alguma coisa a seu respeito, via de regra, o conhecimento se mostra deveras desagradável – dor de cabeça e tudo o que a acompanha.
    • Esse processo rítmico constantemente repetido pode ser comparado com duas coisas diferentes aqui na existência física terrena. Pode ser comparado com a inspiração e a expiração, e também com o sono e a vigília. Na existência física na Terra, ambos são processos rítmicos – ambos podem ser comparados com o que venho descrevendo. Mas com os processos que ocorrem no mundo espiritual entre a morte e o renascimento, não se trata de saber algo de uma forma puramente abstrata, ou – devo acrescentar – para a satisfação de curiosidade espiritual; trata-se de reconhecer a vida na Terra como uma imagem do supraterrestre. E surge necessariamente a questão: o que acontece na vida terrena que se assemelha a uma faculdade de memória não possuída pelo homem em sua consciência comum, uma faculdade que pode ser possuída por seres das hierarquias, arcanjos? O que há na vida física que é como uma memória de se viver no mundo dos seres espirituais, ou como uma memória de se experimentar a si mesmo lá?
    • Ora, meus queridos amigos, se entre a morte e um novo nascimento não tivéssemos a experiência de olhar para dentro de nós mesmos e de encontrar o mundo do espírito, aqui na Terra não haveria tal coisa como moral. O que retemos dessa experiência dos seres no mundo espiritual, quando entramos na vida terrena, é uma inclinação para a vida moral. A força dessa inclinação se dá proporcionalmente à clareza com que, entre a morte e o novo nascimento, o homem experimentou a convivência com os espíritos do mundo superior. E qualquer um que, em um sentido espiritualmente correto, examine essas coisas, sabe que os homens imorais, como resultado de sua vida anterior na Terra, tiveram uma experiência muito embotada dessa existência espiritual. Mas, se entre a morte e um novo nascimento, pudéssemos experimentar apenas o que nos torna um com os seres do mundo superior, e nunca pudéssemos experimentar a nós mesmos, então seria impossível alcançarmos, na Terra, a liberdade, consciência da liberdade, consciência da nossa personalidade, que é fundamentalmente idêntica à consciência da liberdade. Assim, quando, na Terra, desenvolvemos moralidade e liberdade, elas são memórias do ritmo que experimentamos no mundo espiritual entre a morte e um novo nascimento. Ao direcionarmos nosso olhar à alma, podemos falar mais precisamente sobre o que nela ecoa: por um lado, tornar-se um com os seres espirituais e, por outro, nossa experiência da consciência espiritual do eu. O que durante a vida terrena permanece em nossa alma como um eco de nos tornarmos um com os seres do mundo espiritual é a capacidade para o amor. Essa capacidade para o amor está mais intimamente relacionada à vida moral do que se pensa.Pois sem a capacidade para o amor, não haveria vida moral aqui na Terra; tudo isso surge da compreensão com que nos depar
    • Descrevi esse estado de sono sob um determinado aspecto, a última vez que estive aqui. Agora quero acrescentar algo sobre os processos então mencionados. Eu sei que essas coisas são facilmente mal compreendidas. Repetidamente, ouve-se dizerem: “Da última vez, ele descreveu a experiência do homem entre dormir e acordar, e agora ele está nos contando algo diferente sobre isso”. Meus queridos amigos, se lhes digo o que um oficial vivencia em seu posto de trabalho, isso não contradiz o que mais tarde lhes direi sobre ele, quando no seio de sua família. As duas coisas caminham juntas. Portanto, vocês devem ter claro que, quando conto experiências entre o dormir e o acordar, não se trata de toda a história, assim como é possível um oficial ter uma vida em família, fora de seu posto.
    • Assim, entre ir dormir e acordar, o homem experiencia de fato uma espécie de repetição ao contrário do que realizou no decorrer do dia. Não é que simplesmente entre ir dormir e acordar – o sono pode ser bastante curto, e então as coisas são condensadas –... não é que simplesmente entre ir dormir e acordar o homemtenha uma visão retrospectiva de suas experiências durante o dia – uma visão inconsciente, pois naturalmente deve ser inconsciente. Não; quando a alma, durante o sono, se torna realmente clarividente, ou quando a alma clarividente relembra na memória as experiências entre ir dormir e acordar, vê-se que o homemrealmente experiencia no sentido reverso o que havia vivenciado desde a última vez que despertou. Se ele dorme a noite toda da forma usual, ele retrocede no que fez durante o dia. O último evento ocorre imediatamente após seu adormecer, e assim por diante. Todo o seu sono funciona de uma forma maravilhosamente reguladora. Só lhes posso falar sobre o que pode ser investigado pela ciência espiritual. Quando vocês adormecem por quinze minutos, o início do sono sabe quando acabará, e nesse quarto de hora vocês experimentam, na ordem inversa, o que trouxeram desde a última vez que acordaram. A tudo é dado a proporção correta – por mais maravilhoso que isso possa parecer. E pode-se dizer que essa experiência retrospectiva reside entre a realidade e a aparência.
    • Se alguém tem uma imagem na memória de algo experimentado na vida física vinte anos antes, uma pessoa saudável e reflexiva não a considerará uma experiência presente; é da natureza da própria imagem da memória que a relacionemos a uma experiência passada. Quem olha de forma clarividente para o que a alma vivencia durante o sono, em ordem inversa, não conecta isso ao presente; mas ao futuro após a morte. Assim como qualquer pessoa percebe que sua lembrança de algo vivido vinte anos antes se refere àquele tempo passado, também quem vê o estado de sono por meio da clarividência sabe que o que enxerga não tem significado para o presente, mas prenuncia o que deverá ser experimentado após a morte, quando tivermos que percorrer, ao reverso, tudo o que tivermos feito na Terra. É por isso que essa imagem do sono é meio-realidade, meio-aparência: está relacionada ao futuro. Logo, para a consciência comum, é uma experiência inconsciente daquilo por que o homem tem de passar, que chamei em meu livroTeosofia de mundo da alma. E a consciência intuitiva e inspirada, descrita em meu livroO conhecimento dos mundos superiores, reúne, a partir da observação do sono, o que o homem tem que passar durante o primeiro estágio após a morte. Essas coisas não são meras fabricações; são claramente observadas, uma vez que o dom da observação tenha sido adquirido. Portanto, desde ir dormir até despertar, o homem vivencia, sem o seu corpo, o que fez com ele quando acordado.
    • Chegamos agora a um conceito extraordinariamente sutil. Pense em como, de fora, temos que viver nossas ações novamente com nosso ego e com nosso corpo astral. A capacidade de fazê-lo é adquirida na proporção do grau de amor que desenvolvemos. Esse é o segredo da vida, no que diz respeito ao amor. Se um homem é realmente capaz de desprender-se de si mesmo no amor, amando ao próximo como a si mesmo, aprende o que precisa durante o sono para experienciar, ao contrário, plenamente e sem dor, o que deve ser vivenciado dessa forma. Porque, nesta hora, ele deve estar completamente fora de si mesmo. Se um homem é um ser sem amor, surge uma sensação quando, fora de si, ele tem que experimentar as ações que realizou sem amor. Isso o retém. Pessoas sem amor dormem como se – para usar uma metáfora – tivessem falta de fôlego. Assim, tudo o que somos capazes de cultivar em nós por meio do amor se torna verdadeiramente frutífero durante o sono. E o que é assim desenvolvido entre irmos dormir e acordar atravessa o portão da morte e subsiste no mundo espiritual.  Aquilo que se perde entre a morte e o renascimento, quando vivemos junto aos os seres espirituais dos mundos superiores, é recuperado por nós como uma semente, durante a vida terrena, por meio do amor. Pois o amor revela seu significado quando, com seu ego e corpo astral, o homem, dormindo, está fora de seu corpo físico e corpo etérico. Entre ir dormir e acordar, seu ser essencial se amplia, se ele está cheio de amor, e se prepara bem para o que lhe acontecerá depois da morte. Se ele não tem amor e está mal preparado para o que lhe acontecerá após a morte, seu ser se estreita. A semente para o que acontece após a morte repousa preeminentemente no desdobramento do amor.
    • Assim, meus queridos amigos, comparei a experiência do homem em conexão com seres superiores no mundo espiritual, que alterna com sua experiência do eu, com a respiração: inspiração e expiração. Em nosso processo respiratório e nos processos relacionados com a fala e o canto, podemos reconhecer uma imagem da “respiração” no mundo espiritual. Conforme eu já disse, nossa vida no mundo espiritual entre a morte e um novo nascimento alterna entre a contemplação do eu interior e o tornar-se um com os seres das hierarquias superiores; olhar de dentro para fora, tornar-nos um com nós mesmos. Isso ocorre tal como inspirar e expirar. Inspiramo-nos e depois nos expiramos; e isto é, obviamente, uma respiração espiritual. Aqui na Terra, esse processo de respiração se torna memória e amor. E, de fato, a memória e o amor também atuam juntos aqui na vida física terrena como uma espécie de respiração. E se com os olhos da alma vocês forem capazes de ver corretamente esta vida física, serão capazes de observar em uma importante manifestação da respiração – no falar e no cantar – a atuação fisiológica conjunta da memória e do amor.
    • Hoje a ciência da fisiologia não atingiu o ponto em que pode descrever detalhadamente o processo que acabamos de desenhar. A ciência espiritual é capaz disso e a ciência fisiológica certamente alcançará tal entendimento, pois essas coisas podem ser descobertas a partir da observação atenta da natureza humana. Pode-se dizer que, quando emitimos um som ou uma nota, primeiramente, a cabeça é acionada. Mas da cabeça procede a mesma faculdade que, interiormente, na alma, confere a memória, que sustenta o som e o tom: isso vem de cima. É inconcebível alguém poder falar sem possuir a faculdade da memória. Se sempre nos esquecêssemos o que está contido no som ou no tom, nunca seríamos capazes de falar ou de cantar. É precisamente a memória incorporada que perdura no tom ou som; por outro lado, no que concerne ao amor, mesmo em seu sentido fisiológico – no processo respiratório que dá origem à fala e ao canto – tem-se um testemunho claro no pleno volume interior do tom que chega ao homem na puberdade, quando o amor encontra expressão fisiológica durante o segundo período importante da vida: isso vem de baixo. Aí estão os dois elementos juntos: de cima, o que está na base fisiológica da memória; de baixo, o que está na base fisiológica do amor. Juntos, eles formam o tom na fala e na canção. Aí está sua interação recíproca. De certa forma, é também um processo de respiração que percorre toda a vida. Assim como inspiramos oxigênio e expiramos dióxido de carbono, temos unidas em nós a força da memória e a força do amor, encontrando-se na fala, encontrando-se no tom. Pode-se dizer que falar e cantar, no homem, são um intercâmbio alternado de permeação pela força da memória e pela força do amor.
    • Obtemos a ideia acertada disso se dissermos: antes de descerem à Terra vocês estavam no mundo espiritual e viviam lá, conforme descrito. O grande esquecimento veio. No que sua boca profere, do que sua alma se lembra, em como sua alma ama, vocês não reconhecem o eco do que eram no mundo espiritual. Na arte, entretanto, recuamos alguns passos da vida, por assim dizer, e nos aproximamos do que éramos em nossa vida pré-natal e do que seremos em nossa vida após a morte. E se formos capazes de reconhecer como a memória é um eco do que tínhamos na vida pré-terrena, e como o desdobramento do amor é a semente do que teremos após a morte; se por meio do conhecimento do espírito imaginarmos o passado e o futuro da existência humana, na arte invocamos ao presente – na medida do possível para o homem em sua organização física – invocamos o que nos une ao espírito.
    • Esta é a glória essencial da arte: ela nos leva, por meios simples, ao mundo espiritual, no presente imediato. Quem é capaz de olhar para a vida interior do homem dirá: de modo geral, o homem se lembra apenas das coisas que vivenciou no curso de sua vida terrena atual. Mas a força pela qual ele se lembra dessas experiências terrenas é a força enfraquecida de sua existência como um eu na vida pré-terrena. E o amor que ele é capaz de desenvolver aqui como um amor universal da humanidade é a força enfraquecida da semente que frutificará após a morte. E assim como no canto e na fala declamatória aquilo que um homem é deve estar unido, pela memória, àquilo que ele pode dar ao mundo por meio do amor, assim também é em toda arte. Um homem pode experimentar uma harmonia de seu eu com o que está fora, mas a menos que seja capaz de mostrar externamente o que está dentro dele – seja no tom, na pintura ou em qualquer outro ramo da arte –, a menos que mostre na superfície o que ele é, o que a vida fez dele, qual é o conteúdo essencial de sua memória, ele não poderá ser um artista. Tampouco é um verdadeiro artista aquele que é acentuadamente inclinado a ser egotista em sua arte. Somente aqueles dispostos a se abrir para o mundo, os que se tornam um com seus semelhantes, os que desdobram o amor, são capazes de unir esse desdobramento do amor intimamente a seu próprio ser. Altruísmo e egotismo se unem em uma única corrente. Confluem naturalmente e mais intimamente nas artes sonoras, mas também nas artes plásticas. E quando, por meio de um certo aprofundamento de nossas forças de conhecimento, nos é revelado como o homem está conectado a um mundo suprassensível, no que diz respeito ao passado e ao futuro, podemos também dizer que o homem tem um antegosto presente desse vínculo, no criar e fruir artístico. Na verdade, a arte nunca adquire todo o seu valor se não estiver, em certa medida, de acordo com a religião. Não que tenha d
    • Prova abundante disso reside na maneira como a arte se desenvolveu. Originalmente era uma com a vida religiosa. Nas eras primitivas da humanidade, ela era imbuída nos cultos religiosos. As imagens que os homens formavam de seus deuses eram a fonte das artes plásticas. A título de exemplo, recordemos os Mistérios da Samotrácia a que alude Goethe na segunda parte de Fausto, onde fala dos Cabiros. [Vide ciclo de palestrasGoetheanism as an impulse for man's transformation,Dornach, janeiro de 1919.] Em meu estúdio em Dornach tentei fazer um desenho desses Cabiros. E o que resultou disso? Foi algo muito interessante. Simplesmente me propus a desvendar intuitivamente a maneira como os Cabiros teriam aparecido nos Mistérios da Samotrácia. E imagine só: cheguei a três jarros, mas jarros, é verdade, moldados plástica e artisticamente. A princípio fiquei pasmo, embora Goethe tenha realmente falado de jarros. O assunto ficou claro para mim apenas quando descobri que esses jarros ficavam sobre um altar: então, algo semelhante a incenso era colocado neles, as palavras sacrificiais eram cantadas, e pelo poder das palavras de sacrifício – que nos tempos mais antigos da humanidade carregavam uma força de estímulo vibratório bastante diferente de qualquer coisa possível hoje – a fumaça do incenso era formada na imagem desejada da divindade. Assim, no ritual, o cântico imediatamente se expressava plasticamente na fumaça do incenso.
    • A humanidade realmente adquiriu a arte da vida religiosa. E Schiller tem razão ao dizer: “Somente no alvorecer da beleza se avança para a terra do conhecimento”, que geralmente se encontra citado nos livros como “Somente através da porta da beleza se avança para a terra do conhecimento.” Se um artista comete um lapso, isso é passado para a posteridade. A leitura certa, é claro, é: “Somente no alvorecer da beleza se avança para a terra do conhecimento”. Em outras palavras: todo conhecimento vem por meio da arte. Fundamentalmente, não há conhecimento que não seja intimamente relacionado à arte. É apenas o conhecimento ligado ao exterior, à utilidade, que aparenta não ter ligação com a arte. Mas esse conhecimento só pode se estender ao que, no mundo, um mero lapidador saberia sobre pintura. Assim que na química ou na física se vai além – estou falando figurativamente, mas você sabe o que quero dizer – do que a mera retificação de cores implica, a ciência se torna arte. E quando o artístico é compreendido em sua natureza espiritual da maneira correta, ele gradualmente avança para o religioso. Arte, religião e ciência eram uma coisa só, e ainda é possível termos uma noção de sua origem comum. Isso alcançaremos apenas quando a civilização e o desenvolvimento humano retornarem ao espírito; quando levarmos a sério a relação existente entre o homem aqui, em sua existência física terrena, e o mundo espiritual. Devemos nos apropriar desse conhecimento sob os mais diversos pontos de vista.
    • Hoje, desejei tratar de um desses pontos de vista, meus queridos amigos, para que, de certo ângulo, vocês formem uma imagem de como o homem está conectado com o mundo espiritual. Espero que possamos continuar ampliando esses estudos em um futuro não muito distante.
  • Title: Popular Occultism: Lecture 5: Life Between Death and a New Birth
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    • at home and soul master only in the fourth part of his being, in his
  • Title: i Spirituality: Lecture 1: Historical Symptomology, the Year 790, Alcuin, Greeks, Platonism, Aristotelianism, East, West, Middle, Ego
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    • Greek, who was naturally at home in the particular soul-constitution of the Greek peoples which
  • Title: New Spirituality: Lecture 4: The New Spirituality and the Christ Experiance of the Twentieth Century - 3
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    • be so completely severed from their homeland as the Germans who became Americans, and yet
  • Title: New Spirituality: Lecture 7: The New Spirituality and the Christ Experiance of the Twentieth Century - 6
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    • structure in such a way that this human nature can be at home in it; and when one strives,
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture III: The Power of Thought
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    • thinks, but one becomes at home in the fashioning forces of the
    • home in the forming forces of thought life, but nevertheless in so
    • world-conception becomes at home in a reflection of the life of
    • thought. One should become at home in the thought-world as if one
    • and Japanese religions, does not become at home in the living being,
    • at home in the existing evolution; they felt themselves to be
    • figure, constitutes the greatness in the works of Homer and
  • Title: Tree of Life/Knowledge: Lecture V: Tree of Knowledge - I
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    • earth and has its home under the earth and never comes above the
    • it, he wants to pluck the little rose, he wants to take it home with
    • home.’ She, Nature, would like to do with all her objects
  • Title: World Downfall and Resurrection
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    • mystery of existence be fathomed. But neither Dionysius the
  • Title: Lecture: Philosophy and Anthroposophy
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    • in the life of our soul. The knowledge is brought home to us through inner
  • Title: Meditative Knowledge of Man: Lecture II: The Three Fundamental Forces in EducatioN
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    • that the musical element is at home particularly in the astral body. After
  • Title: Raphael's Mission in the Light of the Science of the Spirit
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    • add: in a certain respect the gods of Homer, described by him
    • expression of Raphael's creations. Thus, what Homer brought
    • in the remarkable recreation of the gods of Homer in the
    • Herman Grimm frankly states in his book on Homer
    • Homers Ilias;
    • We can also no longer fully enjoy the original works of Homer,
    • power, in taking in Homer's “Iliad” and
    • originals. Even so, Homer's poetic works speak to us. But, what
  • Title: Fairy Tales: in the light of Spiritual Investigation
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    • be surmised and fathomed in sensing what takes place in
  • Title: The Worldview of Herman Grimm in Relation to Spiritual Science
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    • Grimm that suited his aims, a realm in which he felt at home.
    • Within this domain in which Herman Grimm felt himself at home,
    • to that grandiose phenomenon of western cultural life, Homer's
    • Homer. One gladly takes up this volume again and again
    • directed to the world of the gods as depicted in Homer's
    • striking, what a tremendous difference there is in the Homeric
    • attempts to present the gods in Homer's sense as portraying, so
    • into a culture that in Homer's time had long lost its
    • another in Homer's “Iliad;” and what has remained
    • previously, enters for Herman Grimm (in Homer's sense) into
    • before our era, with Homer. Thus, Herman Grimm addresses
    • even his works on Homer, on Raphael, on Michelangelo, on
    • he wrote in his comprehensive works on Homer, Raphael,
    • portrayals of Homer, Michelangelo and Goethe with his Raphael
    • Whoever takes up his book on Homer will possibly find it not
    • page, that this book is not meant to be a contribution to Homer
    • Herman Grimm's Homer book may seem intolerable. All the many
    • questions that have been raised concerning Homer —
    • his immersion in the soul-life of the Homeric heroes.
    • extend to the soul-life of Homer's heroes. Everywhere we see
    • Maximum number of matches per file exceeded.
  • Title: Imperialism: Lecture 1
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    • English friends, who will soon be going home, to be able to take as
    • go to the colonies, become rich, then spend their riches at home, but
  • Title: Impulse for Renewal: Lecture III: Anthroposophy and Philosophy
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    • the philosophic situation, our glance which we have homed in
  • Title: First Class, Vol. I: Lesson 1
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    • Where in the Self the world is fathomed:
    • Where in the Self the world is fathomed:
    • existence must be fathomed from all that acts and works in the
    • real knowledge must be fathomed from what is revealed in the
    • Where in the Self the world is fathomed:
  • Title: First Class, Vol. II: Lesson 15
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    • at home in spiritual surroundings just as sense-perceptible
    • beings we feel at home in sense-perceptible surroundings. We
  • Title: First Class Lessons: Lesson XX (recapitulation)
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    • Where in the Self the world is fathomed:
    • Where in the Self the world is fathomed:
    • the distance from their homes cannot attend. As members of the
  • Title: Lecture: Richard Wagner and Mysticism
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    • continent to which we give the name of Atlantis. Atlantis was the home
    • their homes, a figure of a woman appears and puts a question to them.
    • Initiates, where a higher wisdom has its home. The legend of Lohengrin
  • Title: Community Building
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    • any other similar situation — the building of a home for
    • to build for it a home center of its own, which should be
    • mentioned, we have lost the home that sheltered us, we must all
    • the more intensely seek for a spiritual home in our hearts to
    • return home as I could while I was still full of
  • Title: Community Building
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    • — undertook in the year 1913 to build a home center for
    • sense. That meant to build a home for the productions of
    • Mystery Plays, a home for Eurythmy, at that time only at a
    • things, a home most of all for the actual Anthroposophical
    • completely at home? It was an anomaly! And it constituted,
  • Title: Polarities in Evolution: Lecture 8: The Opposition of Knowledge and Faith, Its Overcoming
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    • a human being was indeed like the earthly home of a god
    • conquer materiality rather than coming to be at home in
  • Title: Life Between Two Incarnations
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    • world, into the home of the gods and all spiritual entities. When man
  • Title: Problems of Our Time: Lecture I
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    • beings, it had an organizing power on the body. Homer's poems,



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